Dizem que um abraço cura tudo. Mas, o que fazer diante de um cenário de afastamento social que impede o contato físico?
Em tempos tão desafiadores, somos convidados a nos reinventar e a lidar com emoções intensas como o medo, a raiva e a tristeza. E no meio desse cenário, surge a necessidade de falar e ser ouvido.
Goethe, um filósofo alemão diz que "falar é uma necessidade, escutar é uma arte.” Como temos acolhido as falas que chegam até nós? Será que conseguimos abrir espaço para ter uma escuta solidária?
De acordo com o psicólogo americano Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não-Violenta (CNV), um dos princípios da CNV é a empatia. Empatia é abrir espaço. Não há necessidade de fazer nada. Requer apenas presença. E estar presente também é uma arte.
A CNV nos convida a criar conexões humanas mudando a forma de nos comunicarmos. Ao invés de escutar para responder, o desafio é escutar para entender. Em nossas relações, temos a tendência de interromper, questionar, julgar, aconselhar, e com isso perdemos a oportunidade de criar conexões. Quantas vezes você só queria um abraço? Um abraço aconchegante, sincero e silencioso?
A escuta empática é exatamente isso.
Temos a oportunidade de transformar a escuta em abraços.
“Quando […] alguém realmente o escuta sem julgá-lo, sem tentar assumir a responsabilidade por você, sem tentar molda - lo , é muito bom. [ … ]. Quando sinto que fui ouvido e escutado, consigo perceber meu mundo de uma maneira nova e ir em frente. É espantoso como problemas que parecem insolúveis se tornam solúveis quando alguém escuta. Como confusões que parecem irremediáveis viram riachos relativamente claros correndo, quando se é escutado”. Carl Rogers
Vamos praticar?
5 passos para ter uma escuta solidária:
1) Esteja por inteiro na comunicação. Pare tudo o que você estiver fazendo e esteja presente. Escute com atenção plena;
2) Demonstre interesse. Se está sendo dito é porque é importante para alguém;
3) Liberte-se de julgamentos e avaliações. Cada um tem a sua história;
4) Não interrompa. Espere a pessoa terminar de falar.
5) Se conecte aos sentimentos que surgem durante a conversa. Observe como a fala da outra pessoa ressoa em você.
No final da conversa, se você sentir necessidade, você pode oferecer uma pergunta: O que eu posso fazer para tornar a sua vida melhor?
Vale ressaltar que nem sempre estaremos disponíveis para ter uma escuta solidária. E isso não é nenhum problema. Respeite-se em primeiro lugar. Tenha compaixão por si mesmo. Todos nós temos dias bons e ruins. Quando você perceber que não está presente na conversa, seja sincero. Exemplo: Maria, eu sei o quanto é importante para você termos essa conversa e para mim, é importante estar por inteiro, porém hoje eu estou muito cansado. Nós podemos conversar outro dia?
Outro princípio da CNV é a autenticidade. É expressar os seus sentimentos e necessidades conectados aos sentimentos e necessidades dos outros. A Comunicação Não-Violenta transforma diariamente as minhas relações e eu espero que essas dicas sejam úteis para você.
Em 2021, o Instituto Evoluir vai oferecer diversas práticas relacionadas à CNV e eu estou muito feliz em fazer parte desse projeto. Acompanhe a nossa programação nas redes sociais.
O Instituo Evoluir é referência em Desenvolvimento Humano Integral e há 30 anos transforma a vida de milhares de pessoas.
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Michelle Rossetto
Facilitadora de processos de desenvolvimento humano no Instituto Evoluir.
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