“Não é a terra que é frágil. Nós é que somos frágeis. A natureza tem resistido a catástrofes muito piores do que as que produzimos. Nada do que fazemos destruirá a natureza. Mas podemos facilmente nos destruir.” James Lovelock, ambientalista (extraído site oeco.org.br).
Me pergunto o porquê, como humanidade, desrespeitamos tanto a natureza. Onde o Ser humano passou a se sentir seu dono? Se nem de nós mesmos temos sido bons “donos”.
Acredito que precisamos entrar em contato primeiro com a nossa natureza profunda, temos diminuído a nossa relação com os ciclos e com os ritmos. Nos perdido em excesso de informações e compromissos. Onde está o nosso equilíbrio?
A natureza segue ciclos, não seria possível uma primavera sem as outras estações. Como temos vivido nossos ciclos? Respeitamos o início, a maturidade, a poda e descanso em nossas ações?
Exigimos de nós mesmos ritmos que não são naturais? Deixamos nosso sono perturbado por telas, nos afligimos por mensagens que chegam e pedem respostas rápidas sem pausas e esperas. Temos pressa.
A busca de riqueza, se aprendemos com a natureza, não se trata de acumular coisas, mas em saber aproveitar tudo de forma abundantemente econômica.
Temos sede de coisas e tentamos ter até a última gota, mesmo que seque a fonte, o importante tem sido só o hoje.
Nossas emoções se represam, como barragens que uma hora se rompem se não as escutamos a tempo, adoecem o corpo inteiro. Quantas dores falam o que calamos de nós mesmos?
Nossa mente se perde, no turbilhão de pensamentos que passam a milhão por dentro, como um furacão que devasta, senão estamos no centro. Agimos com o impulso do falso, sem reconhecer o que é verdadeiro.
Temos nos perdido de nós mesmos, nossos ciclos e ritmos desconectados de nossa natureza, se os resgatamos e respeitamos celebraremos uma comunhão com a natureza.
Por Thalita Mazepa – artigo Jornal Serra da Mantiqueira
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